quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Magia Lunar - LUA NOVA

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Por fim, e para completar a série sobre a magia lunar, só falta a lua nova ou lua negra que é já amanhã.
Basicamente, esta fase é quando a lua deixa de se avistar e permanece na total escuridão. É quando a o último vestígio do "C" da fase minguante desaparece que ocorre a lua nova, temida por muitos por representar a escuridão e tudo o que é negro.
É a fase lunar mais propícia aos rituais de magia negra, em que apenas praticantes experientes deverão tentar praticar rituais nesta fase, pois os mais inexperientes, poderão ter resultados extremamente negativos.
É a fase da chamada magia de influência, que visa influenciar alguém de forma negativa, como é o caso das maldições, e da magia de retorno que tem como objetivo o retorno de um mal lançado sobre alguém ao seu dono.
Na magia Wicca esta fase raramente é celebrada, visto que apenas se praticam rituais de magia branca.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Construção de Stonehenge



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Apesar das datas de construção deste imponente monumento representarem um período de tempo vasto, a maioria dos cientistas afirma que o seu período de construção decorreu entre 2800 a.C. e 1100 a.C. em três fases distintas

1ª Fase (no final do neolítico (2.400 a. C.): Stonehenge era constituído por uma formação circular em torno da qual se dispunham 56 fossas (“Buracos de Aubrey”), formando um anel (“Morro Circular”) conhecido como círculo externo de Stonehenge, e as quatro "pedras de estação" que se supõe terem sido utilizadas como um Observatório Astronómico.
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2ª Fase: Por volta de 2.500 a.C., um povo vindo possivelmente da Holanda e do Reno chega à Salisbury. Conhecidos como povo Beaker, iniciam a segunda fase de Stonehenge, chamada de "Conjunto Aubrey". O conjunto é composto da Avenue (=Avenida), 2 bancos de cal afastados 14 m entre si, um crescente de pedras azuis e uma entrada de pedras azuis a nordeste alinhada, as chamadas blues stones, com um grande vão oposto a sudoeste.
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3ª Fase: Em 1.800 a.C., já na Idade do Bronze, Stonehenge, na sua terceira fase, adquire as características pelas quais é conhecido nos dias de hoje. Essa fase começa com a destruição do círculo de pedras azuis e a construção de um anel de pedras sarcenas com cerca de 4,25m e 25t de peso encimadas por lintéis. Uma formação em formato de ferradura no interior do círculo sarceno composta por 5 trílitos com aproximadamente 7,30m, duas enormes pedras de um portão a meia distância entre o círculo sarceno e Heel Stone, uma ferradura de pedras azuis no interior da ferradura trílita e finalmente um círculo de pedras azuis entre o círculo sarceno e a ferradura trílita, completam o conjunto.
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O objectivo da sua construção permanece, ainda, um enigma. Muitas são as hipóteses levantadas, que falam na sua utilização como observatório astronómico, uma vez que o nascer do sol no Solstício de Verão incide directamente na sua Pedra do Sol, conhecida como Heelstone, e na pedra central. Outros afirmam que o seu objectivo é recriar a perfeita união dos dois pólos da natureza e o seu aspecto feminino e masculino. Mas deverá ter sido ainda mais complexo do que isso. Mais recentemente surgiu a hipótese de Stonehenge estar inserido num complexo funerário, hipótese esta cada vez mais comprovada pelas sucessivas escavações no local e pelas estruturas funerárias encontradas nas redondezas.

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Acredita-se que as pedras utilizadas na sua construção, as blue stones, foram trazidas dos Montes Preseli, no País de Gales, por transporte humano ou pela glaciação. É de referir que estes Montes se localizam a mais de 400km de Stonehenge.

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A Antiga Ordem dos Druidas (Ancient Order of Druids) adoptou Stonehenge como local de encontro dos seus membros a partir de 1905. O local foi sendo sucessivamente utilizado por vários grupos druídicos e neopagãos. Ainda hoje é este o local de reunião eleito pelas muitas centenas de seguidores do druidismo, sendo aqui que a Ordem dos Bardos, Ovates e Druidas (OBOD) comemora a cerimónia druídica de Alban Heffin, todos os anos, cerca de uma semana antes do Solstício de Verão propriamente dito.

Adaptado de “Mandrágora – O Almanaque Pagão 2011”, 1ª edição, 2010, Sintra – Portugal, Ed. Zéfiro

domingo, 28 de agosto de 2016

Stonehenge



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Se existe lugar profundamente associado ao espírito pagão, esse local terá de ser, inevitavelmente, o círculo de pedras de Stonehenge (“pedras suspensas”), localizado na planície de Salisbury, no sudoeste de Inglaterra.
John Aubrey (1626-1697) foi o primeiro historiador a encontrar Stonehenge e, na altura, catalogou umas cavidades que encontrou no chão do templo, que só foram escavadas no séc. XX e às quais atribuíram o nome de Aubrey holes (buracos de Aubrey), em sua memória.
https://theheritagetrust.files.wordpress.com/2012/10/john-aubrey-1626-1697.jpgContudo foi o clérigo Henry de Huntingdon, muito antes de Aubrey, que citou pela primeira vez Stonehenge como uma incógnita histórica quando escreveu o seu livro sobre a história de Inglaterra por volta de 1130.

William Stukeley, nascido nos finais do séc. XVII, foi dos primeiros investigadores a tirar conclusões sobre este local. Foi ele o autor de alguns dos mais antigos desenhos de Stonehenge, e com base nas suas escavações afirmou que este monumento não era de origem romana ou anglo-saxónica, mas sim celta! Nessa época, era atribuída uma origem “celta” a todos os monumentos encontrados que não eram romanos, pois faltava a esses estudiosos uma cronologia histórica, inexistente então. Infelizmente, este tipo de erros sobreviveu durante muito tempo no imaginário coletivo e muitos foram os que continuaram a acreditar que Stonehenge tinha sido construído pelos celtas, e até mesmo pelos druidas! O trabalho destes dois pesquisadores foi, ainda assim, extremamente importante no seu tempo, e ainda hoje são considerados os fundadores do druidismo moderno.
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Recentemente, em 1965, um astrónomo norte-americano, Gerard Hawkins, descobriu que a partir do alinhamento de alguns pontos do monumento era possível saber quando aconteceriam eclipses, o que reforça ainda mais a ideia de que Stonehenge era um monumento de culto.
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Existe uma lenda do séc. XII, divulgada por Geoffrey de Mounmouth, que afirma que as altas lajes usadas na construção de Stonehenge foram trazidas pelo druida Merlim das planícies da Irlanda aquando da sua construção. Stonehenge, como hoje é sabido, é uma construção que remonta ao Neolítico e terá tido profundas reutilizações desde então.  É bastante plausível que este local tenha servido de templo para os antigos druidas, tendo em conta a ocupação da área envolvente. Foram encontrados artefactos que chegam ao período romano e medieval, o que comprova a sua recorrente utilização. Crê-se que a ocupação do local remonta ao Mesolítico, teoria atestada pelos buracos de implantação de postes aí encontrados. A estrutura foi sendo amplamente modificada e aumentada, e as sucessivas vagas de implantação foram decorrendo ao longo de milhares de anos. Pode-se afirmar que a primeira estrutura terá sido erguida em 8000 a.C. e a sua construção não terá estagnado até 1600 a.C. 
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As fases de construção deste imponente monumento serão alvo de um outro artigo neste blog.

Adaptado de “Mandrágora – O Almanaque Pagão 2011”, 1ª edição, 2010, Sintra – Portugal, Ed. Zéfiro